quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Pra te fazer pensar...

                                    
A sinceridade é fundamental, sem dúvida!
Mas é importante não confundi-la com diárreia verbal. Sair por aí vomitando informações suas não é sinal de maturidade, é apenas um indício de que você não aprendeu a diferença entre SINCERIDADE e 'SINCERICÍDIO'.

#ProntoFalei

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Esmaltes e um buraco vazio...

                                
Ando insatisfeita com esmaltes. Troco de esmalte duas vezes por semana e quero comprar uma cor nova cada vez que pinto as unhas. E nunca acho a cor certa que estou procurando. Na verdade, troco tanto porque não sei qual cor estou procurando rs'. Ando insatisfeita com esmaltes. Ando insatisfeita com esmaltes, com hidratantes perfumados e comigo mesma. Ando comprando coisas inúteis demais. Comprando coisas demais pra preencher um vazio interno que não precisa de esmalte, de hidratante perfumado ou de nenhuma outra coisa que se possa comprar pela internet.
Dizem que a solidão é o mal do século. Eu concordo. Solidão é ter amigos, ter um namorado, ter uma família linda, ter milhares de admiradores. E não ter a si mesma. Solidão é viver numa sociedade cada vez mais superficial, cada vez mais consumista, que julga as pessoas pela aparência e pelo tanto de dinheiro que elas têm. Solidão é o que move a internet hoje – e sempre. Solidão é a única razão pela qual os Orkuts, Facebooks e Twitters da vida se popularizam cada vez mais. Queremos amigos, queremos mensagens fofas, queremos depoimentos que dizem pro resto do mundo o quanto somos lindos, cheirosos e bem amados. Queremos mostrar fotos das viagens pra Europa, queremos mostrar fotos com trinta amigos diferentes, queremos mostrar foto do namorado novo da semana, queremos mostrar fotos da nova melhor amiga de infância que acabamos de conhecer, queremos que o mundo saiba que somos amados. Queremos admiração. Queremos falar, o tempo todo, que temos amigos, amor e dinheiro. Mostramos (ou, pelo menos, tentamos mostrar) pro mundo que somos a estampa ideal, quando, na maioria das vezes, a viagem pra Europa foi financiada em mil vezes , os trinta amigos da foto só são amigos na hora da foto e não são pessoas que se importam de verdade no dia-a-dia.
Queremos ter mil amigos no Orkut, mas não achamos companhia pra assistir um filme no cinema quarta-feira à noite. Queremos nos comunicar com todo mundo do Facebook e “reativar” amizade com pessoas com as quais mal falávamos “oi” dois anos atrás. Damos bom-dia no Twitter (um negócio onde se fala sozinho) e não damos bom-dia pro vizinho no elevador. Adicionamos Deus e o mundo no maldito MSN pra termos companhia e não perder o contato com aquela pessoa tão querida e amada com a qual trocaremos três frases ao longo do ano. Pessoas verdes online com as quais mantemos relações virtuais 24 horas por dia. Tudo muito superficial. Tudo muito virtual. Tudo fruto da nossa maldita carência, tão maldita quanto essas relações virtuais infundadas. Precisamos nos afirmar pro mundo e pra nós mesmos. Precisamos nos encaixar nos padrões atuais de pessoa bem-sucedida e amada pra sermos aceitos.
Mas o vazio está lá. Nas tardes de domingo. Nas compras virtuais cujo encantamento acaba assim que o produto chega à nossa casa. Esperamos encontrar a felicidade no celular com mil funções que não toca, nas novas cores de esmalte que são lançadas toda semana, nos hidratantes perfumados, nos xampus caros. Compramos pra ter companhia. Compramos pra preencher um vazio interno. O mesmo vazio que tentamos preencher com amigos virtuais, relacionamentos virtuais e mentiras virtuais. Tapamos o sol com a peneira. Tapamos nossos buracos com relacionamentos que não existem. Despistamos nossa carência aguardando um produto chegar pelo correio. Nos tornamos tão superficiais quanto nossos relacionamentos virtuais. Nos tornamos tão efêmeros quanto os esmaltes da cor da moda. E continuamos nos sentindo vazios. E trocando a cor do esmalte a cada semana.


:(   :(

sábado, 31 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011?

                          
Retrospectiva 2011. Talvez escreva isso pra mim mesma. Uma reflexão sobre os rumos que as coisas estão tomando. Por onde estamos indo. Por onde vamos. Hoje resolvi fechar pra balanço. E divido o balanço com quem quiser. Como cada passo que dou. E caminho. Não sei se pra frente. Mas sempre acreditando que é o melhor caminho. Não vivo por esporte, nem brinco de viver. Não quero quebrar meus recordes nem os de ninguém. Não quero mais mudar o mundo, só o meu mundo. Quero apenas tudo que for verdadeiro, e tudo que não for, espero que passe.
Eis que chega o fim do ano. Época de renovação e reciclagem pessoal para traçar novas metas e objetivos para um novo ano que se segue. Tempo de reunir a família e amigos para celebrar e comemorar todas as conquistas e aprendizados desses maravilhosos 365 dias. Olhar para trás e perceber o quanto caminhamos e lutamos com bravura para chegar ao melhor de hoje. Parece que é lei isso, né? Bom, então, tentando entrar no clima, vamos lá!
Semana passada li num outdoor: "Em 20 anos, quantos planos refazemos?" O que me fez pensar. Como as coisas mudam, como a vida gira. E quantas coisas mudaram em 1 ano! Quantos planos, quantas surpresas a vida trouxe (a melhor o meu bebê), quantos sonhos realizados, quantas lições aprendidas, quanta felicidade, e até, quanta mágoa e tristeza superada! Somos vitoriosos, de um modo ou de outro, todos somos. Grandes sonhos ou pequenos... Tudo que nos faz vivos.
Em um ano, o amor então me escolheu, me desfiz de medos e de pessoas que já não me diziam nada. Me dediquei mais a mim mesma. Melhorei a pele, o cabelo e o estilo de vida. Posso dizer que vivi realizações pessoais. Tudo isso diminui minha ansiedade, fortaleceu meu caráter e aumentou minha auto-estima. Hoje me sinto mais leve, mais livre, mais feliz e inteira. Estou mais forte. Sim, sou grata à vida até pelos tropeços, eles me fizeram mais eu.
Sinto falta de pouca coisa que passou, mas agradeço por já serem passado. Minhas escolhas fizeram quem eu sou, e desconfio que escolhi bem! Bem, o que não foi tão feliz nessa estrada me tornou mais viva, mais humana. Tenho comigo as melhores pessoas do mundo. Os melhores amigos, a melhor família que alguém poderia querer, e o melhor amor e companheiro com que eu poderia sonhar! Agradeço a Deus por cada um deles, todo dia. Não me deixo corromper pela parte suja e feia de algumas pessoas com quem sou obrigada a conviver. Porque é isso aí, estamos na vida. Nem por isso me deixo levar, nunca me deixei. Sou dona do meu nariz e das minhas escolhas. Segura de mim. Seguro minha mão sempre que a corda entorta, o sapato aperta, os pés começam a doer. Primeiro me respeito e os meus sentimentos. Termino esse ano, e esse texto, tendo plena certeza de que sou senhora de mim, sim. E que venha a vida, sempre!

domingo, 20 de novembro de 2011

Estar grávida é...

                                
... ler 50 vezes o resultado positivo do exame para ter certeza que está correto. 
... ficar chocada ao saber que uma gestação dura 40 semanas e não nove meses como todo mundo diz por aí. 
... se pegar imaginando, por horas a fio, como será os olhos, os cabelos e a pele do filho que vai chegar. 
... torcer, e muuuuuuito, para que ele nasça perfeitinho. 
... nunca mais dizer 'ai, se fosse meu filho!' quando encontrar uma criança tendo acessos de birra no corredor de um shopping center. 
... sair na rua e só enxergar mulheres grávidas. 
... ter sono, muito sono. 
... esperar ansiosamente pelo dia do ultrassom, e assim que sair de lá, esperar ansiosamente pelo próximo! 
... aprender a enxergar o filho nas manchas de um ultra-sonografia. 
... ler muito sobre gravidez, pular o capitulo do parto (pois ainda é muito cedo pra se preocupar) e ir direto para os cuidados com o bebê. 
... ir ao shopping e desejar apenas coisinhas para o filho. 
... torcer para ficar barriguda. 
... ficar muito esquisita e descobrir uma incrível capacidade de sentir todas as emoções em uma hora, da alegria descontrolada ao mau humor sem fim. 
... acordar várias vezes de madrugada para fazer xixi. 
... reparar que seu marido fica muito mais interessante como pai do seu filho e perceber que foi o único homem capaz de te presentear com tamanha alegria. 
... rir sozinha ao sentir o bebê mexer, mesmo que ele te acorde várias vezes durante a noite, porque você não esta numa posição confortável para ele. 
... acreditar num mundo melhor.

sábado, 12 de novembro de 2011

Então é isso.

Vou viver todos os minutos proveitosamente. Não vou sofrer por antecipação prevendo futuros incertos... nem com atraso, lembrando de coisas sobre as quais não tenho mais ação! Não vou pensar no que não tenho e que gostaria de ter, mas em como posso ser feliz com o que possuo.